A Usina Hidrelétrica de Itaipu, um colosso da engenharia e peça-chave para a produção energética na América do Sul, está embarcando em um extenso projeto de modernização orçado em US$ 649 milhões, com duração prevista até o ano de 2036. Este projeto, uma manobra estratégica em prol da sustentabilidade e eficiência energética, visa aprimorar a infraestrutura de controle do gigante energético, sem necessitar a substituição de equipamentos fundamentais como turbinas, geradores e transformadores.

A decisão de modernizar a segunda maior hidrelétrica do mundo em termos de capacidade instalada, com 14.000 MW, reflete não apenas a necessidade de atualização tecnológica, mas também uma visão de longo prazo para garantir sua operação eficiente e segura nas próximas décadas. Sob a supervisão do Consórcio de Modernização de Itaipu (CMI), o foco reside em rejuvenescer os sistemas de comando e controle, além de instalações auxiliares e serviços que dão vida à gigantesca estrutura.

Um aspecto notável deste ambicioso projeto é o compromisso com a durabilidade e a integração de tecnologias de ponta, sem a necessidade de desinstalar os componentes primordiais da usina. Inicialmente, quatro anos serão dedicados à preparação do sistema de controle centralizado, sistemas de serviços auxiliares e sistemas de emergência. Após esta fase preliminar, o plano é atualizar duas unidades geradoras anualmente, ao longo dos dez anos seguintes, assegurando uma transição suave e sem interrupções na produção energética.

Uma equipe de profissionais experientes, liderada por engenheiros notáveis como Geraldo Goulart Filho, que teve papel central na construção inicial da usina nos anos 1970, agora retorna para contribuir com sua expertise inestimável. A participação de Goulart, entre outros profissionais versados na operação e manutenção de usinas hidrelétricas, é um testemunho do cuidado e do rigor técnico que o projeto de modernização exige.

Além do significado técnico e ambiental, a modernização da Itaipu representa também um vultoso investimento na economia local e nacional. Este projeto não apenas assegura a continuidade da produção de uma fonte crucial de energia limpa para o Brasil e Paraguai, mas também promove a criação de empregos, o desenvolvimento de novas competências técnicas entre os trabalhadores e a injeção de recursos financeiros significativos na indústria nacional e regional.